Eu novamente, Arlete. Sou professora de Português desde 1982. Mas há três anos estou
readaptada por problemas na garganta. O início da minha readaptação foi
maravilhoso, porque fui parar no melhor lugar da escola: a biblioteca. Agora
estou como Professor Coordenador do Fundamental II, mas não deixo de dar uma
passadinha lá no lugar mágico, onde ficam todas as histórias!
Eu
adoro ler....na verdade, não gosto apenas de ler, eu gosto dos livros!
Gosto
de pegar o livro, passar as folhas, ir para frente e voltar, olhar as figuras
e, mesmo quando não há figuras, perceber que elas existem e criam vida na minha
imaginação.
Há pouco tempo, tive contato com o livro de
Isabel Solé, “Estratégias de leitura” (1998), que trata, justamente, desse tema
– ensinar a ler, a transformar o seu aluno em leitor, em sujeito ativo que
processa o texto, proporcionando-lhe conhecimento e experiências.
Solé (1998, p. 19) coloca que: “Ensinar e
aprender a ler são tarefas complexas, mas também são enormemente gratificantes,
tanto pela funcionalidade do conteúdo como pelo papel de protagonista e o
envolvimento que exige dos responsáveis - professores e alunos, para que ocorra
a aquisição dessa aprendizagem”.
Esse processo de interação entre leitor e
texto, transforma o aluno em leitor ativo, porque ele lê com um objetivo. É
esse objetivo que leva dois leitores com finalidades diferentes extraírem
informações distintas de um texto que apresenta conteúdo invariável.
Quando eu lecionava para alunos de 5ª série,
eu iniciava o ano com um livrinho bem infantil, mas maravilhoso de Jandira
Masur, “O frio pode ser quente”. A história começava dizendo que “as coisas têm
muitos jeitos de ser, depende do jeito da gente ver”.
Creio que a leitura é isso, os inúmeros
jeitos de a gente ver as coisas!
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